Fábula: “Paco e o Segredo Brilhante do Mar”
A contação de histórias é uma das práticas mais ricas e significativas na educação infantil. Muito além de um momento de encantamento e diversão, ouvir histórias desperta a imaginação, desenvolve a linguagem oral, estimula a criatividade e fortalece vínculos afetivos entre educadores e crianças.
Ao mergulhar em narrativas e fábulas, os pequenos ampliam seu vocabulário, aprendem a escutar com atenção, organizam ideias e constroem sentidos sobre o mundo que os cerca. Cada história oferece à criança a oportunidade de se colocar no lugar do outro, de lidar com emoções, de pensar sobre valores e de refletir sobre atitudes — promovendo, assim, não apenas o desenvolvimento cognitivo, mas também social, emocional e ético.
Através da escuta e da fantasia, a criança começa a compreender melhor a si mesma e aos outros. Ela reconhece medos, descobre coragens, entende regras de convivência e aprende a sonhar. As histórias favorecem a formação de um ser humano mais sensível, crítico, empático e criativo.
Portanto, contar histórias na infância é plantar sementes de linguagem, cultura, pensamento e afeto — é educar com alma, palavra e coração.
Fábula: “Paco e o Segredo Brilhante do Mar”
Era uma vez um peixinho dourado, alegre e curioso chamado Paco.
Ele vivia num recife cheio de corais coloridos e amigos divertidos.
Paco adorava nadar pra lá e pra cá, sorrindo e dizendo:
— “Quero ver tudinho que existe no mar!”
Seus melhores amigos eram:
Estelita, a estrela-do-mar sapeca,
e Bilu, o cavalo-marinho que vivia com medo de tudo.
— “Paco, cuidado!” — dizia Bilu. — “O fundo do mar é escuro demais!”
— “É perigoso!” — alertava Estelita.
Mas Paco respondia com seu jeitinho animado:
— “O mar é cheio de segredos! Eu quero descobrir cada um!”
Um dia, enquanto brincavam de esconde-esconde, Paco viu uma luz piscando lá no fundo do mar.
Era um brilho dourado que piscava bem devagar.
— “Olhem aquilo! Uma luz!” — disse Paco.
— “Não vá lá!” — gritou Estelita.
— “É escuro demais!” — disse Bilu, tremendo.
Mas Paco já estava nadando pra descobrir.
Ele foi descendo… descendo… e o mar foi ficando mais escuro.
Tudo estava calmo e quieto, e Paco começou a sentir um friozinho na barriga.
De repente... plim!
A luz piscou de novo! E lá estava ela:
Uma peixinha azul-escura com uma luz brilhante na cabeça!
— “Oi, eu sou a Luzia!” — disse ela com um sorriso.
— “Você veio de longe, peixinho curioso.”
— “Oi! Eu vi sua luz e fiquei curioso. Ela é linda!” — respondeu Paco, encantado.
— “Eu brilho pra ajudar quem está perdido no escuro.” — disse Luzia. — “Quer ajuda pra voltar?”
— “Sim, por favor!”
Luzia piscou sua luz com carinho e nadou com Paco até o recife.
Quando chegaram, Estelita deu pulinhos de alegria e Bilu o abraçou apertado.
— “Você voltou!” — gritaram juntos.
Paco sorriu e disse:
— “Prometo que não vou mais sozinho. Mas sabem de uma coisa?”
— “Mesmo no escuro, a gente pode encontrar luz, amizade e coisas lindas!”
E então todos riram e fizeram uma grande dança no mar!
Moral da Fábula:
Ser curioso é muito bom! Mas com amigos por perto e ajudando uns aos outros, tudo fica mais seguro, mais bonito e cheio de brilho — até no escuro!
Leia essa fábula com as crianças e depois faça uma roda de conversa explique sobre o ensinamento da fábula e aborde temas como alegria, amizades e descobertas. Depois de ouvir as crianças fale sobre boas atitudes e atitudes que devemos evitar para não correr perigo, e estimule a participação das crianças nessa conversa.
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